As formigas que ocorrem em residências usam geralmente em sua alimentação o alimento desperdiçado pelos seres humanos (açúcares, bolos, bolachas, cereais, frutas, etc), que caem no chão. Além disso, outros insetos, vivos ou mortos, podem complementar a dieta.
Elas não são repulsivas como as baratas nem incomodam tanto como os pernilongos ou as moscas, mas, como esses insetos, as formigas urbanas são uma praga. Vetores de fungos e bactérias, elas podem contaminar alimentos em casas e restaurantes e disseminar doenças em hospitais. Por isso, precisam ser prontamente controladas
Outra peculiaridade está relacionada à forma de reprodução. A maioria das formigas acasala em pleno vôo, no chamado “vôo nupcial”, ao passo que o acasalamento das espécies urbanas acontece no interior do próprio ninho, muito provavelmente numa estratégia de defesa para evitar se expor a predadores. Essas formigas também não precisam construir seus ninhos. Elas usam frestas de madeira, tubulações elétricas e espaços ocos atrás de azulejos para formar suas colônias.
Ao contrário da maioria das espécies, as urbanas formam populações unicoloniais. A característica multicolonial faz as formigas da mesma espécie, mas de ninhos diferentes, disputarem o território entre si. As urbanas perderam a defesa colonial e circulam livremente entre vários ninhos, que, na média, têm de 2 mil a 4 mil indivíduos, sem contar as formas imaturas (larvas e jovens).
No Brasil encontramos em média 30 espécies consideradas pragas urbanas. Causam danos estruturais, danos a equipamentos elétricos e eletrônicos, dermatites, e principalmente disseminam através de suas patas bactérias, fungos e micróbios, causando doenças patogênicas. Responsáveis por mais de 15% das infecções hospitalares. Possuem várias rainhas, o que dificulta seu controle.
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